ODISSÉIA

Além de constituir, ao lado da Ilíada, obra iniciadora da literatura grega escrita, a Odisséia, de Homero, expressa com força e beleza a grandiosidade da remota civilização grega. A Odisséia data provavelmente do século VIII a.C., quando os gregos, depois de um longo período sem dispor de um sistema de escrita, adotaram o alfabeto fenício.
Na Odisséia ressoa ainda o eco da guerra de Tróia, narrada parcialmente na Ilíada. O título do poema provém do nome do protagonista, o grego Ulisses (Odisseu). Filho e sucessor de Laerte, rei de Ítaca e marido de Penélope, Ulisses é um dos heróis favoritos de Homero e já aparece na Ilíada como um homem perspicaz, bom conselheiro e bravo guerreiro.
A Odisséia narra as viagens e aventuras de Ulisses em duas etapas: a primeira compreende os acontecimentos que, em nove episódios sucessivos, afastam o herói de casa, forçado pelas dificuldades criadas pelo deus Posêidon.
A segunda consta de mais nove episódios, que descrevem sua volta ao lar sob a proteção da deusa Atena. É também desenvolvido um tema secundário, o da vida na casa de Ulisses durante sua ausência, e o esforço da família para trazê-lo de volta a Ítaca. A Odisséia compõe-se de 24 cantos em verso hexâmetro (seis sílabas), e a ação se inicia dez anos depois da guerra de Tróia, em que Ulisses lutara ao lado dos gregos. A ordem da narrativa é inversa: tem início pelo desfecho, a assembléia dos deuses, em que Zeus decide a volta de Ulisses ao lar. O relato é feito, de forma indireta e em retrospectiva, pelo próprio herói aos feaces - povo mítico grego que habitava a ilha de Esquéria. Hábeis marinheiros, são eles que conduzem Ulisses a Ítaca.
O poema estrutura-se em quatro partes: na primeira (cantos I a IV), intitulada "Assembléia dos deuses", Atena vai a Ítaca animar Telêmaco, filho de Ulisses, na luta contra os pretendentes à mão de Penélope, sua mãe, que decide enviá-lo a Pilos e a Esparta em busca do pai. O herói porém encontra-se na ilha de Ogígia, prisioneiro da deusa Calipso. Na segunda parte, "Nova assembléia dos deuses", Calipso liberta Ulisses, por ordem de Zeus, que atendeu aos pedidos de Atena e enviou Hermes com a missão de comunicar a ordem. Livre do jugo de Calipso, que durou sete anos, Ulisses constrói uma jangada e parte, mas uma tempestade desencadeada por Posêidon lança-o na ilha dos feaces (canto V), onde é descoberto por Nausícaa, filha do rei Alcínoo.
Bem recebido pelo rei (cantos VI a VIII), Ulisses mostra sua força e destreza em competições esportivas que se seguem a um banquete. Na terceira parte, "Narração de Ulisses" (cantos IX a XII), o herói passa a contar a Alcínoo as aventuras que viveu desde a saída de Tróia: sua estada no país dos Cícones, dos Lotófagos e dos Ciclopes; a luta com o ciclope Polifemo; o episódio na ilha de Éolo, rei dos ventos, onde seus companheiros provocam uma violenta tempestade, que os arroja ao país dos canibais, ao abrirem os odres em que estão presos todos os ventos; o encontro com a feiticeira Circe, que transforma os companheiros em porcos; sua passagem pelo país dos mortos, onde reencontra a mãe e personagens da guerra de Tróia. Na quarta parte, "Viagem de retorno", o herói volta à Ítaca, reconduzido pelos feaces (canto XIII). Apesar do disfarce de mendigo, dado por Atena, Ulisses é reconhecido pelo filho, Telêmaco, e por sua fiel ama Euricléia, que, ao lavar-lhe os pés, o identifica por uma cicatriz.
Assediada por inúmeros pretendentes, Penélope promete desposar aquele que conseguir retesar o arco de Ulisses, de maneira que a flecha atravesse 12 machados. Só Ulisses o consegue.
O herói despoja-se em seguida dos andrajos e faz-se reconhecer por Penélope e Laerte. Segue-se a vingança de Ulisses (cantos XIV a XXIV): as almas dos pretendentes são arrastadas aos infernos por Hermes e a história termina quando Atena impõe uma plena reconciliação durante o combate entre Ulisses e os familiares dos mortos.
A concepção do poema é predominantemente dramática e o caráter de Ulisses, marcado por obstinação, lealdade e perseverança em seus propósitos, funciona como elemento de unificação que permeia toda a obra. Aí aparecem fundidas ou combinadas uma série de lendas pertencentes a uma antiqüíssima tradição oral com fundo histórico.
Há forte crença de que a Odisséia reúna temas oriundos da época em que os gregos exploravam e colonizavam o Mediterrâneo ocidental, daí a presença de mitos com seres monstruosos no Ocidente, para eles ainda misterioso. Pela extrema perfeição de seu todo, esse poema tem encantado o homem de todas as épocas e lugares.
É consenso na era moderna que a Odisséia completa a Ilíada como retrato da civilização grega, e as duas juntas testemunham o gênio de Homero e estão entre os pontos mais altos atingidos pela poesia universal.
Fonte: www.nomismatike.hpg.ig.com.br


ODISSÉIA

Além de constituir, ao lado da Ilíada, obra iniciadora da literatura grega escrita, a Odisséia, de Homero, expressa com força e beleza a grandiosidade da remota civilização grega. A Odisséia data provavelmente do século VIII a.C., quando os gregos, depois de um longo período sem dispor de um sistema de escrita, adotaram o alfabeto fenício. Na Odisséia ressoa ainda o eco da guerra de Tróia, narrada parcialmente na Ilíada. O título do poema provém do nome do protagonista, o grego Ulisses (Odisseu).
Filho e sucessor de Laerte, rei de Ítaca e marido de Penélope, Ulisses é um dos heróis favoritos de Homero e já aparece na Ilíada como um homem perspicaz, bom conselheiro e bravo guerreiro.
A Odisséia narra as viagens e aventuras de Ulisses em duas etapas: a primeira compreende os acontecimentos que, em nove episódios sucessivos, afastam o herói de casa, forçado pelas dificuldades criadas pelo deus Posêidon. A segunda consta de mais nove episódios, que descrevem sua volta ao lar sob a proteção da deusa Atena.
É também desenvolvido um tema secundário, o da vida na casa de Ulisses durante sua ausência, e o esforço da família para trazê-lo de volta a Ítaca. A Odisséia compõe-se de 24 cantos em verso hexâmetro (seis sílabas), e a ação se inicia dez anos depois da guerra de Tróia, em que Ulisses lutara ao lado dos gregos.
A ordem da narrativa é inversa: tem início pelo desfecho, a assembléia dos deuses, em que Zeus decide a volta de Ulisses ao lar.
O relato é feito, de forma indireta e em retrospectiva, pelo próprio herói aos feaces - povo mítico grego que habitava a ilha de Esquéria. Hábeis marinheiros, são eles que conduzem Ulisses a Ítaca. O poema estrutura-se em quatro partes: na primeira (cantos I a IV), intitulada \"Assembléia dos deuses\", Atena vai a Ítaca animar Telêmaco, filho de Ulisses, na luta contra os pretendentes à mão de Penélope, sua mãe, que decide enviá-lo a Pilos e a Esparta em busca do pai.
O herói porém encontra-se na ilha de Ogígia, prisioneiro da deusa Calipso. Na segunda parte, "Nova assembléia dos deuses", Calipso liberta Ulisses, por ordem de Zeus, que atendeu aos pedidos de Atena e enviou Hermes com a missão de comunicar a ordem. Livre do jugo de Calipso, que durou sete anos, Ulisses constrói uma jangada e parte, mas uma tempestade desencadeada por Posêidon lança-o na ilha dos feaces (canto V), onde é descoberto por Nausícaa, filha do rei Alcínoo.
Bem recebido pelo rei (cantos VI a VIII), Ulisses mostra sua força e destreza em competições esportivas que se seguem a um banquete. Na terceira parte, \"Narração de Ulisses\" (cantos IX a XII), o herói passa a contar a Alcínoo as aventuras que viveu desde a saída de Tróia: sua estada no país dos Cícones, dos Lotófagos e dos Ciclopes; a luta com o ciclope Polifemo; o episódio na ilha de Éolo, rei dos ventos, onde seus companheiros provocam uma violenta tempestade, que os arroja ao país dos canibais, ao abrirem os odres em que estão presos todos os ventos; o encontro com a feiticeira Circe, que transforma os companheiros em porcos; sua passagem pelo país dos mortos, onde reencontra a mãe e personagens da guerra de Tróia.
Na quarta parte, \"Viagem de retorno\", o herói volta à Ítaca, reconduzido pelos feaces (canto XIII). Apesar do disfarce de mendigo, dado por Atena, Ulisses é reconhecido pelo filho, Telêmaco, e por sua fiel ama Euricléia, que, ao lavar-lhe os pés, o identifica por uma cicatriz. Assediada por inúmeros pretendentes, Penélope promete desposar aquele que conseguir retesar o arco de Ulisses, de maneira que a flecha atravesse 12 machados.
Só Ulisses o consegue. O herói despoja-se em seguida dos andrajos e faz-se reconhecer por Penélope e Laerte. Segue-se a vingança de Ulisses (cantos XIV a XXIV): as almas dos pretendentes são arrastadas aos infernos por Hermes e a história termina quando Atena impõe uma plena reconciliação durante o combate entre Ulisses e os familiares dos mortos. A concepção do poema é predominantemente dramática e o caráter de Ulisses, marcado por obstinação, lealdade e perseverança em seus propósitos, funciona como elemento de unificação que permeia toda a obra.
Aí aparecem fundidas ou combinadas uma série de lendas pertencentes a uma antiquíssima tradição oral com fundo histórico.
Há forte crença de que a Odisséia reúna temas oriundos da época em que os gregos exploravam e colonizavam o Mediterrâneo ocidental, daí a presença de mitos com seres monstruosos no Ocidente, para eles ainda misterioso. Pela extrema perfeição de seu todo, esse poema tem encantado o homem de todas as épocas e lugares. É consenso na era moderna que a Odisséia completa a Ilíada como retrato da civilização grega, e as duas juntas testemunham o gênio de Homero e estão entre os pontos mais altos atingidos pela poesia universal.
Fonte: www.mitosedeuses.hpg.ig.com.br


ODISSÉIA
A guerra de Tróia aconteceu por causa do seqüestro de Helena, uma exuberante mulher, que encantava todos com sua beleza. Ela era a mais bela das mulheres daquela época. Eles capturaram Helena na cidade de Roma, e a levaram para Tróia.
Em Tróia havia uma fortaleza, onde nenhuma pessoa conseguia entrar sem permissão.
Este livro conta a história de volta da guerra, onde havia um herói da Grécia antiga, seu nome era Ulisses. Este personagem era o guerreiro que comandava a tropa que combateu a fortaleza de Tróia.
Nesta viagem Ulisses teve várias aventuras fantásticas, pois navegava em busca de acertos de conta. Ele passa por vários lugares, onde cada um é uma história. Sua esposa fazia uma coisa que marcou a história ela tecia um tapete de dia e o desmanchava a noite, tudo isso para enganar seus pretendentes. Nesta história também há a participação de deusas da mitologia Grega: Atenas e Afrodite, Afrodite era a deusa da beleza e do amor, e Atenas era a deusa da sabedoria.
Este livro é uma história em verso, mas foi recontada em prosa, pois foi adaptada para a literatura infantil. Suas falas são empolgantes, que te traz mais vontade de ler. E quando acaba, dá vontade de ler de novo. Espero que goste desta leitura.
Fonte: clvceop.vilabol.uol.com.br


ODISSÍEA

"De repente, uma forte gargalhada ecoou às suas costas. Virou-se, de súbito, novamente assustado, com aquela risada que parecia vir do próprio inferno. A visão que teve o fez pensar que, se de fato ele não estivesse no inferno, os demônios de lá haviam fugido. Seus olhos incrédulos avistaram um homem parado no início da descida por onde ele viera. Usava um enorme chapéu e um sobretudo, também de proporções exageradas. Todo de negro. Estava empunhando uma pá..."
Existem diversos tipos de apreciadores do gênero artístico Horror. Há aqueles que se satisfazem plenamente apenas consumindo os infindáveis produtos relacionados, como filmes, revistas, livros, jogos, etc. E há aqueles que, além de consumir, também gostam de produzir, sejam editar fanzines impressos ou sites na internet, escrever contos e artigos de cinema ou literatura, desenhar ilustrações e histórias em quadrinhos, e muitas outras coisas mais. Toda produção alternativa ou pertencente ao chamado universo "underground", ou seja, feito com recursos próprios, sem o apoio ou financiamento de uma fonte externa, devem sempre ter seu trabalho enaltecido, independente dos resultados. É sempre preferível a produção de materiais com qualidade cada vez maiores, porém todo trabalho realizado com idealismo e iniciativa própria tem seu valor inquestionável.
Dentro dessa idéia vale ressaltar a atitude idealista e batalhadora, virtudes reservadas para poucos, do amigo André Bozzetto Junior, da pequena cidade de Ilópolis, no interior do Rio Grande do Sul, cerca de 200 Km distante da capital Porto Alegre. Ele lançou de forma independente em Outubro de 1998 (e tinha apenas 17 anos de idade na época) um interessante romance de horror intitulado "Odisséia nas Sombras", que narra a árdua trajetória de um grupo de amigos ao enfrentar um assassino sobrenatural .
O autor é colaborador do fanzine "Juvenatrix" e do site "Boca do Inferno" (www.bokadoinferno.hpg.com.br), com a publicação de interessantes artigos e resenhas de filmes de horror.
A história do livro é sobre uma pequena cidade do interior aterrorizada por um psicopata assassino, o qual é o responsável pela morte violenta de vários de seus habitantes, com direito a estupros e até atos de necrofilia. Com deficiência mental e problemas de relacionamento durante toda sua vida, ele é conhecido como "O Filho do Coveiro", apelido de Daniel Lima, e acaba sendo descoberto e morto por um "justiceiro" vingador numa misteriosa encruzilhada. Porém, auxiliado por forças sobrenaturais, o assassino retorna do mundo dos mortos, vindo das profundezas sombrias do inferno, fortalecido e em busca de vingança.
Para combatê-lo, surge um grupo de jovens formado por Joel, Luciano e Márcio, os quais tinham envolvimento com as vítimas do psicopata (Sabrina, namorada de Joel e irmã de Luciano, foi uma das que perderam a vida de forma trágica), e que testemunharam eventos insólitos com o assassino, através de encontros mortais ou experiências oníricas sobrenaturais.
A partir daí, tem início uma desgastante e intensa batalha de morte contra o poder maligno de um assassino sedento de ódio, numa longa "odisséia nas sombras cujo ponto final seria uma lágrima de sangue".
A narrativa é leve, fácil de ler em capítulos curtos, sem erros de português, numa história bem conduzida, com personagens definidos e humanizados, e que exerce um fascínio no leitor até a conclusão da obra. Vale destacar também a excelente escolha do título do livro, "Odisséia nas Sombras", plenamente coerente com a história.
É admirável a coragem acertada do autor em matar de forma violenta alguns dos personagens, depois que são apresentados e após criar-se uma certa interação com o leitor. Além da habilidade na exploração de elementos característicos do horror como a figura de um demoníaco "gato preto", com participação frequente na trama e sempre carregada de tensão, e a ambientação macabra de uma "encruzilhada" assombrada, infestada de fantasmas e almas de outro mundo, procurando alívio para seus tormentos.
"Joel e Márcio descarregaram uma saraivada de golpes no animal, que mesmo reduzido a um monte retorcido de pêlos e carne, pulsante e ensanguentado, persistia vivo."
Porém, nota-se também uma certa previsibilidade nos vários eventos que são apresentados, não havendo grandes surpresas ou reviravoltas, e onde um leitor atento consegue captar o que vai acontecer antecipadamente nos capítulos seguintes, principalmente no desfecho trágico envolvendo o confronto final dos jovens e o demoníaco "Filho do Coveiro", num sítio próximo à cidade.
Por curiosidade, vale ressaltar o bom gosto musical do personagem Márcio, onde num momento de tensão antecedendo um encontro com o poderoso assassino, ele procura ouvir a música "Wasted Years" da excepcional banda inglesa de Heavy Metal "Iron Maiden", só para relaxar um pouco...
A despeito de quaisquer eventuais falhas, "Odisséia nas Sombras" é um livro agradável de se ler, curto, rápido, numa interessante história de horror sobrenatural que poderia perfeitamente transformar-se em argumento para um filme. Não existem elementos novos ou originais, possuindo os já conhecidos e tradicionais clichês característicos do gênero, mas certamente serve como um bom entretenimento. E fico imaginando o anti-herói "Filho do Coveiro" como o protagonista de um filme de "serial killer"...
Um fato interessante é que a história permite também a idéia de uma continuação, pois o psicopata tem um irmão gêmeo separado dele na infância e criado pelos tios em outra cidade. Imaginem se ele houvesse herdado igualmente os poderes malignos do irmão assassino e retornasse à cidade para vingá-lo e perpetuar seu legado de sangue... O que poderia acontecer?
Esperaremos pela resposta, talvez, numa próxima "odisséia nas sombras", com a possibilidade de um novo livro do autor explorando esse universo ficcional...
"Joel agitava-se em seu sono povoado de pesadelos. Viu em seu sonho, um lugar escuro, coberto por uma densa névoa, onde ele corria desesperadamente em busca de algo. De repente, tropeçou em alguma coisa, oculta pela névoa e pela escuridão, e com isso, desequilibrou-se e caiu. Quando Joel voltou-se para ver em que havia tropeçado, o pavor dominou-o ao constatar que se tratava da cabeça decapitada de Márcio. Subitamente, ouviu um baque ao seu lado, e então a cabeça também decapitada de Luciano rolou a seus pés. Joel gritou e acordou."
Fonte: www.scarium.com.br

ODISSÉIA

Odisséia, de Homero, define o poema épico antigo, por uma vinculação às raízes primitivas e populares. Entende-se por épica (do grego epos, canto ou narrativa) a narrativa poética de substrato histórico, considerando-se ambas as obras, a Odisséia e a Ilíada, como a codificação de todos os mitos gregos. Os poemas homéricos possuem tom eloqüente em seus versos (hexâmetros) e duração das vogais, como se tivessem sido feitos para serem falados em voz alta.
A poesia Lírica nasceu da fusão do poema épico com o instrumento que a acompanhava, a lira. As formas foram então se diversificando; variedades e novas técnicas surgiram, como: a ode, a elegia, os epitáfios, as canções, as baladas e outras mais que se desenvolveriam posteriormente como o soneto, e o madrigal.
Safo (século VI a.C.) é a primeira poetisa conhecida. Sua obra, dedicada às musas, é uma variedade de poesia lírica: odes, elegias, hinos e epitalâmios. Píndaro foi o primeiro grande criador de odes, que conservava uma narrativa heróica, embora já admitisse um canto pessoal, subjetivo, retratando a vida e experiências do próprio autor.
Simônides de Ceos foi um grande criador de epitáfios, poesia em memória dos heróis mortos.
Outra forma lírica derivada é a poesia bucólica, que teve em Teócrito (século III a.C.) um grande cultor. A primeira característica da poesia lírica é a maior liberdade quanto ao número de sílabas dos versos. Ela também foi de grande influência sobre a poesia dramática, que se apresentava com duplo caráter: épico e lírico (objetivo/subjetivo). A poesia dramática mantinha a narrativa épica, mas transfigurava os narradores nos próprios personagens das ações, pintando seus estados emotivos, o que lhe conferia um sabor lírico.
Os três grandes poetas dramáticos da Antigüidade Clássica são: Eurípedes, Ésquilo e Sófocles. Das inúmeras peças que escreveram, somente algumas foram preservadas, sendo ainda representadas em todas as partes do mundo. Anchieta, em sua campanha catequista, no Brasil do século XVI, usou um subgênero dramático, o auto sacramental, como forma de difusão do ideais cristãos entre os indígenas.
A cultura latina apresenta acentuado mimetismo literário em relação à cultura grega. Virgílio escreveu um grande poema épico, a Eneida, calcado sobre a unidade latina. As Metamorfoses, de Ovídio, também apresentam caráter épico-lírico.
Fonte: www.cfh.ufsc.br

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